Damares Alves, ministra da Mulher, Direitos Humanos e Família e Ricardo Salles, do Meio Ambiente sofrem ameaça do grupo Secret Wilderness Society
Dois ministros do governo Bolsonaro sofrem ameaças do suposto grupo
terrorista "Wilderness Secret Society": Damares Alves, ministra da
Mulher, Família e Direitos Humanos e Ricardo Salles, do Meio Ambiente.
As ameaças vem sendo publicadas no site Maldición Eco-extremista (ME), que se apresenta como "dedicado ao estudo dos pensamentos contrários ao progresso humano".
De acordo com a Revista Veja, a Polícia Federal e a Abin investigam o
grupo, chamado em documento sigiloso em português de "Sociedade Secreta
Silvestre", que teria ainda feito ameaças ao presidente Jair Bolsonaro.
Na mais recente ameaça da organização, publicada em 9 de maio, sempre
em inglês, Damares é apontada como o principal alvo dos terroristas no
Brasil. O grupo faz textualmente ameças de morte à ministra e sugere
ameaças à Bolsonaro: "Damares, você pode estar andando no vale da morte,
em cascas de ovos, ou melhor, em um campo minado. Você já pensou em um
culto em sua igreja voando pelos ares como no Sri Lanka? Ou em um evento
político dele? E uma toxina mortal em algum alimento dele? Uma bala na
cabeça enquanto viaja para o trabalho? Precauções têm limites quando
você é uma figura pública e, além disso, as paredes têm olhos. Estamos
dispostos a levar isso às consequências mais extremas. O silêncio
precede a explosão, apenas espere".
No mesmo texto, o grupo reivindica dois atentados recentes no Distrito
Federal, um frustrado e outro que se concretizou. O frustado foi uma
mochila detonada pela polícia na frente do Santuário Menino Jesus, em
Brazlândia, na noite de natal, associada, inclusive, à posse de Bolsonaro.
De acordo com o comunicado do grupo: "A mídia marcou e está certa,
certamente a maior ameaça até então veio de nós, da Sociedade Secreta
Wilderness, quando saímos de uma igreja em Brazlândia, um aparelho
explosivo de 5 quilos com alto poder destrutivo. Nós não nos importamos
com quantos teríamos matado e se estávamos alvejando um grupo
específico".
A sociedade diz ainda que a polícia prendeu algumas pessoas
"aleatórias" na investigação do atentado, mas que não chegou a eles, que
continuam "desenvolvendo e atacando".
O outro atentado reivindicado pelo grupo foi a destruição de dois
carros do Ibama na Floresta Nacional de Brasília, que foram queimados na
madrugada de 28 de abril dentro do estacionamento. Os Bombeiros foram
chamados e ninguém se feriu. O atentado está sendo investigado pela
polícia local. O grupo diz ter deixado "um rastro de destruição (...).
Nesta ocasião, estamos concentrando nossas ameaças especialmente em
Ricardo Salles, e essa é uma das razões para o objetivo escolhido
(ICMBio e IBAMA)".
O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos confirma as ameaças à
ministra Damares, que seriam cerca de 145 desde que assumiu a
função. Informa ainda que todas as medidas de segurança foram tomadas
para assegurar a integridade da ministra e de sua família.
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